Morte de Adolescente em Porto Alegre: Policial Confessa Disparo Fatal e é Afastado para Tratamento Médico
Na manhã desta sexta-feira (12), a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) confirmou, em coletiva de imprensa, que um policial é o responsável pelo disparo que tirou a vida de João Vitor Macedo, de 15 anos, ferido a tiros no dia 28 de março em Porto Alegre.
O delegado Rafael Sobreiro, encarregado das investigações, revelou que o nome do policial não será divulgado para preservar sua identidade. Sobreiro afirmou que o policial confessou o ocorrido e foi retirado do serviço de rua. Atualmente, ele está sob tratamento psicológico e psiquiátrico por um período de dez dias, colaborando com as autoridades.
Após o período de afastamento, o policial será realocado em um setor administrativo da Polícia Civil. O delegado Sobreiro ressaltou que não pode fornecer detalhes sobre as circunstâncias do incidente ou se haverá responsabilização, acrescentando que a investigação deverá ser concluída entre 60 e 90 dias.
O Chefe de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré, confirmou que João foi encontrado ferido em uma rua do bairro Agronomia após ser baleado. Testemunhas apontaram policiais como responsáveis pelo crime. João foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Imagens de uma câmera de segurança capturaram o momento em que João e outra pessoa fugiam de uma viatura policial na Avenida Bento Gonçalves. Posteriormente, apenas a outra pessoa é vista retornando, seguida pela viatura. João não foi mais avistado até ser encontrado ferido.
As imagens, autenticadas pela polícia, não foram divulgadas à imprensa para não prejudicar as investigações. O delegado Sodré explicou que a investigação busca esclarecer os eventos não registrados em vídeo e confirmou que os ocupantes da viatura eram dois policiais civis.
A mãe de João, Juliana Lopes Macedo, relatou que seu filho e outra pessoa estavam supostamente envolvidos em tentativas de assalto a pedestres. Ela enfatizou que, mesmo que estivesse cometendo um erro, João não merecia morrer e deveria ter sido encaminhado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) em vez de perder a vida.